Paraná registra 239 novos casos de dengue e segue sem mortes
Estado contabiliza 2.699 casos confirmados desde julho, com destaque para as regionais de Londrina, Maringá e Curitiba; Sesa também monitora chikungunya e zika vírus.
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta terça-feira (15) o Informe Semanal da Dengue referente ao período sazonal 2024/2025. A atualização dos dados revela que foram confirmados 239 novos casos da doença na última semana, totalizando 2.699 casos desde o início do período sazonal, que começou em julho deste ano. O relatório não registra nenhuma morte por dengue até o momento.
O informe também traz um panorama das notificações: até o momento, o estado registrou 21.941 notificações de dengue, com 6.810 casos ainda em investigação e 11.881 descartados. A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua sendo uma preocupação de saúde pública no Paraná, com 343 municípios apresentando notificações da doença e 220 cidades com casos confirmados.
Regiões mais afetadas do Paraná
As regionais de saúde que lideram o número de casos confirmados são Londrina, com 716 ocorrências, seguida por Maringá (373), Curitiba e Região Metropolitana (270), Paranaguá (230) e Foz do Iguaçu (148). Essas áreas, que são historicamente vulneráveis à infestação do Aedes aegypti, continuam sendo pontos de atenção para as autoridades de saúde do estado.
Londrina, no norte do Paraná, tem apresentado o maior número de casos devido a fatores como clima quente e úmido, que favorecem a proliferação do mosquito transmissor da dengue. A cidade já realizou ações de combate, como mutirões de limpeza e campanhas de conscientização, porém, a necessidade de reforçar as medidas preventivas continua.
Situação da chikungunya e do zika vírus
Além da dengue, o informe semanal da Sesa também monitorou outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a chikungunya e o zika vírus. Até o momento, foram confirmados sete casos de chikungunya no Paraná, enquanto 159 notificações permanecem sob investigação. Quanto ao zika vírus, foram registradas sete notificações, mas nenhuma delas resultou em casos confirmados até agora.
Essas doenças, embora menos prevalentes que a dengue, continuam sendo monitoradas de perto pelas autoridades de saúde devido ao seu potencial de surtos, especialmente em áreas com alta infestação de Aedes aegypti.
Controle ambiental é fundamental
A Sesa alerta que a prevenção da dengue, assim como de outras doenças transmitidas pelo mosquito, depende fundamentalmente de ações de controle ambiental. Isso inclui a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, como recipientes que acumulam água parada em quintais, jardins e áreas públicas.
O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, reforçou em entrevistas recentes a importância da colaboração da população para combater a proliferação do mosquito.
“Estamos em um momento crucial do período sazonal da dengue. É essencial que todos estejam atentos e façam sua parte, evitando deixar água parada em casa ou nos arredores”, destacou.
A orientação para os paranaenses inclui o descarte adequado de lixo, manutenção de calhas e coberturas, além do uso de repelentes e telas protetoras. Em áreas urbanas, os agentes de saúde seguem realizando visitas domiciliares para inspeção e controle de possíveis focos do mosquito.
Paraná já enfrentou grandes epidemias em anos anteriores
A dengue é uma doença endêmica no Paraná, e o estado já enfrentou grandes epidemias em anos anteriores. Em 2019/2020, por exemplo, o estado registrou mais de 228 mil casos de dengue e 177 mortes, o que levou as autoridades a intensificarem campanhas e medidas de controle.
A mudança climática, aliada ao comportamento populacional, tem sido um fator determinante na variação da incidência da dengue. O clima quente e úmido favorece o ciclo de vida do mosquito, e áreas com alta densidade populacional tendem a ter maior número de casos.
No entanto, as campanhas de conscientização e o engajamento da população podem fazer a diferença no controle do avanço da doença. O Estado do Paraná, com o apoio de municípios e da população, busca evitar novos surtos graves e, principalmente, a ocorrência de óbitos.