Petróleo fecha em queda com foco em estímulos na China e tensões no Oriente Médio
Investidores aguardam medidas econômicas da China e acompanham o impacto das tensões geopolíticas na cotação da commodity.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (11), em meio à expectativa por medidas de estímulo na China e às tensões geopolíticas no Oriente Médio. O preço do WTI (West Texas Intermediate), negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), recuou 0,38%, fechando a US$ 75,56 por barril. Já o Brent, referência global negociada na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,45%, sendo cotado a US$ 79,04 por barril.
Mesmo com a queda no fechamento desta sexta, o petróleo apresentou ganhos na semana: o WTI avançou 1,59%, e o Brent subiu 1,27%. Os investidores mantêm o foco nas decisões econômicas da China, que tem um papel crucial na demanda global de petróleo, além de monitorar os desdobramentos do conflito no Oriente Médio, que continuam a impactar os preços da commodity.
Expectativa de estímulos na China
A China, maior importador mundial de petróleo, segue no centro das atenções dos investidores. O mercado aguarda possíveis medidas de estímulo econômico que podem ser anunciadas pelo Ministério de Finanças do país durante uma coletiva de imprensa programada para este sábado (12). Qualquer ação do governo chinês pode influenciar diretamente a demanda pelo petróleo, fazendo com que os preços da commodity se ajustem de acordo com as expectativas.
De acordo com um relatório do ING, as incertezas em relação à política econômica chinesa limitaram o avanço nos preços do petróleo, mesmo com o cenário de tensões globais que poderia elevar a demanda.
Tensão no Oriente Médio e impacto no petróleo
Além das expectativas em torno da China, a tensão geopolítica no Oriente Médio continua a influenciar o mercado. O banco ING destacou que, embora os Estados Unidos e outras nações tenham pressionado Israel a evitar ataques à infraestrutura de petróleo, uma escalada de conflitos envolvendo o Irã não pode ser descartada.
O aumento das tensões após ataques com mísseis e a possibilidade de uma resposta de Israel mantêm o mercado de petróleo em alerta, com os investidores temendo um possível impacto na oferta da commodity caso as hostilidades afetem regiões produtoras de petróleo.
Furacão Milton e o fornecimento de petróleo
Outro fator que está no radar dos traders é o impacto do furacão Milton nos Estados Unidos. O desastre natural, que afetou a Flórida, interrompeu temporariamente o fornecimento de combustível e provocou quedas de energia, levando à preocupação sobre a demanda interna pelo petróleo no país.
No entanto, de acordo com a Capital Economics, o furacão não deve ter um impacto significativo nos preços da commodity. O ANZ Research, por outro lado, ressalta que os efeitos do furacão continuam sendo monitorados de perto pelos investidores, principalmente no que se refere à recuperação da infraestrutura de fornecimento de petróleo e gás
Combinando a expectativa de estímulos econômicos na China, a continuidade das tensões geopolíticas no Oriente Médio e os impactos climáticos nos Estados Unidos, o mercado de petróleo segue volátil. As próximas semanas serão decisivas para determinar a direção dos preços da commodity, à medida que investidores buscam clareza sobre a demanda global e a oferta de petróleo em meio a um cenário incerto.