PL solicita expulsão de Ricardo Arruda por infidelidade partidária
Dirigente do PL em Rolândia formalizou pedido de expulsão do deputado estadual Ricardo Arruda.
A acusação baseia-se no apoio de Arruda ao candidato Alex Santana (MDB) nas eleições municipais de 2024, desrespeitando a resolução do partido que proíbe manifestações públicas a favor de candidatos de outras siglas. O caso agora será analisado pelo Conselho de Ética do partido, enquanto fontes internas minimizam a chance de uma punição severa.
O deputado estadual Ricardo Arruda está no centro de uma nova polêmica dentro do Partido Liberal (PL), após o diretório do partido em Rolândia solicitar sua expulsão por infidelidade partidária.
PL de Rolândia acusa o deputado de infidelidade partidária
De acordo com informações obtidas pelo Blog Politicamente, o pedido foi formalizado pelo presidente do PL local, Sérgio Domingues, que acusa Arruda de apoiar publicamente o candidato Alex Santana (MDB) nas eleições municipais de 2024.
Essa conduta contraria a resolução interna n° 007/2024, que proíbe qualquer manifestação de apoio a candidatos de outras siglas ou coligações.
Nas eleições, o PL lançou Ailton Maistro como candidato à prefeitura de Rolândia, que venceu a disputa junto com seu vice, Horácio Negrão, do PSD.
Entretanto, Ricardo Arruda, contrariando as diretrizes partidárias, expressou apoio a Alex Santana, oponente político do MDB, o que incluiu sua presença no comitê de campanha do adversário.
O documento apresentado ao Conselho de Ética do PL destaca que a conduta de Arruda representa um desrespeito à instituição partidária em diversas esferas, solicitando a abertura de um processo de expulsão.
Segundo a resolução citada, qualquer apoio a candidatos de outros partidos configura quebra de fidelidade partidária.
Essa não é a primeira vez que Arruda enfrenta esse tipo de acusação
Além do caso de Rolândia, ele também teria pedido votos para a vereadora Jessicão, do Progressistas, em Londrina, desafiando mais uma vez a política de lealdade interna do PL.
O advogado eleitoral Guilherme Gonçalves comentou que, embora o caso levante questionamentos sobre fidelidade partidária, o desdobramento deve ser mais político do que jurídico.
Caso seja punido, Arruda poderá perder prerrogativas como participação em comissões e lideranças dentro do partido na Assembleia Legislativa.
No entanto, fontes internas do partido acreditam que uma punição severa é improvável, mencionando até o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria apoiado candidatos de outras siglas, como Cristina Graeml (PMB), mesmo com um candidato do PL na chapa majoritária em Curitiba.
Com esse cenário, o futuro político de Ricardo Arruda dentro do PL permanece incerto, à espera da decisão do Conselho de Ética.