Valdemar Costa Neto demonstra apreensão do PL com eleição em Curitiba
Candidatura de Eduardo Pimentel (PSD) enfrenta desafios no segundo turno contra Cristina Graeml (PMB); apoio de Bolsonaro gera incertezas.
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou nesta sexta-feira (11) que a situação das eleições em Curitiba tem gerado preocupações dentro do partido. A fala ocorre após o desempenho do vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) no primeiro turno, considerado abaixo do esperado pela campanha. Pimentel, que tem o apoio oficial do PL, enfrentará Cristina Graeml (PMB) no segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro.
A principal dúvida que ronda o cenário eleitoral na capital paranaense envolve o grau de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Pimentel. Durante o primeiro turno, a participação de Bolsonaro foi considerada ambígua, levantando questionamentos sobre se o vice-prefeito é de fato o candidato preferido do ex-presidente na cidade.
Participação do PL e apoio de Bolsonaro
Durante entrevista à GloboNews, Costa Neto afirmou que a eleição em Curitiba “não é boa” para o partido e que o PL precisa se manter firme ao lado de Pimentel. “Queremos manter nosso apoio ao Eduardo Pimentel, que tem o Paulo Martins (PL) como vice”, declarou o presidente do partido. Ele ainda enfatizou a importância de não prejudicar a campanha do candidato apoiado pelo PL na capital paranaense.
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A presença do PL na coligação de Pimentel foi articulada pelo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), que insistiu no apoio oficial do ex-presidente Bolsonaro. Como parte desse acordo, o ex-deputado federal Paulo Martins, um dos principais nomes do PL no estado, assumiu a candidatura a vice-prefeito.
No entanto, a participação de Bolsonaro no primeiro turno foi mínima. Enquanto Cristina Graeml conseguiu o uso de uma foto com Bolsonaro, tirada em Brasília em julho, Pimentel teve o apoio formal, mas sem grande presença do ex-presidente em sua propaganda eleitoral. Isso permitiu que Graeml, cujas posições são mais alinhadas com as de Bolsonaro, conquistasse parte do eleitorado conservador e seguisse para o segundo turno.
Incertezas no apoio bolsonarista
A situação se complicou após a divulgação dos resultados do primeiro turno. Graeml publicou em suas redes sociais um vídeo no qual aparece em uma chamada de vídeo com Bolsonaro. Embora o ex-presidente não tenha declarado voto, ele mencionou estar torcendo por Graeml: “Não abro voto por você, você sabe o motivo. Mas torço por você e ponto final”, disse Bolsonaro.
Por outro lado, Eduardo Pimentel reafirmou o apoio de Bolsonaro à sua candidatura em entrevista coletiva no domingo (6). “Minha coligação é um acordo político transparente, a favor de Curitiba, e isso se mantém”, afirmou o candidato, tentando afastar as incertezas.
Valdemar Costa Neto falou dos desafios no segundo turno
O segundo turno em Curitiba coloca Eduardo Pimentel em uma posição delicada, enfrentando a ascensão de Cristina Graeml, que conseguiu capturar parte significativa dos votos de apoiadores de Bolsonaro. O desempenho de Pimentel será crucial para garantir a continuidade do apoio do PL e do ex-presidente, que pode influenciar a reta final da campanha.
O partido segue avaliando a melhor estratégia para o segundo turno, especialmente em relação à participação de Bolsonaro na campanha. A falta de um apoio mais enfático do ex-presidente pode impactar os rumos da eleição em Curitiba, onde a base bolsonarista tem grande peso eleitoral.